Amor Carnal
Apesar dos olhares,
Das bocas onde os silêncios se calam
E tudo é seu,
Amordaçavam o desejo, mordiam os lábios;
Dois enormes couraçados contra novas ilusões.
E se fossem apenas carne?
Devorar-se-iam
Um ao outro eternamente,
Vertendo-se mutuamente;
Pés, peito, pele,
Coxas, línguas, sexos;
Carne sobre carne.
Até ao dia em que alguém
Já cheio de indiferença,
Os resolve-se punir e premiar;
Lhes colocaria um espeto
E acabariam expostos na vitrina
De um talho qualquer.
António Morgado
Apesar dos olhares,
Das bocas onde os silêncios se calam
E tudo é seu,
Amordaçavam o desejo, mordiam os lábios;
Dois enormes couraçados contra novas ilusões.
E se fossem apenas carne?
Devorar-se-iam
Um ao outro eternamente,
Vertendo-se mutuamente;
Pés, peito, pele,
Coxas, línguas, sexos;
Carne sobre carne.
Até ao dia em que alguém
Já cheio de indiferença,
Os resolve-se punir e premiar;
Lhes colocaria um espeto
E acabariam expostos na vitrina
De um talho qualquer.
António Morgado
1 Comments:
Estou tão feliz, tão feliz que nem cabo em mim. Este poema é lindo, lindo, lindo. Continua a por poemas teus. O teu talento é enorme. É tão grande como o teu coração... do tamanho do universo. beijo muito grande.
Enviar um comentário
<< Home